No sábado, 03 de dezembro, milhares de ativistas de todo o mundo se juntaram numa manifestação pacífica pelas ruas de Durban, África do Sul, pedindo uma ação decisiva da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, enquanto participantes entravam em sua segunda e última semana de discussão.
A correspondente da Supreme Master Television explora uma solução promissora para todos os interessados.
Correspondente (F): Saudações. Aqui no continente africano, as tradições da agricultura, honradas pelo tempo, têm sido construídas em padrões de chuva consistentes. No entanto, os agricultores agora estão descobrindo que, devido à mudança climática, eles não podem mais contar com o tempo da maneira que anteriores gerações contavam.
Paul Okongo – fazendeiro, Aliança da Justiça Climática Pan-africana (M): Nós, agricultores que estamos lá fora, somos as antenas, somos os detectores disto. Há mudanças climáticas, e algo deve ser feito, e isso deve ser feito agora.
Correspondente (F): Sentindo a ameaça do aquecimento global à segurança alimentar, os produtores de toda a África estão aqui na COP 17 pedindo o que eles dizem ser a justiça climática, que inclui compromissos para medidas de mitigação dos gases de efeito estufa bem como apoio à adaptação. Tanto agricultores como governos na África apoiam a agricultura orgânica como importante para um futuro mais verde.
Edna Molewa – Ministro da Água e Assuntos Ambientais, África do Sul (F): Formas e meios que podem nos ajudar a obter orgânica agricultura em grandes escalas, acho, na verdade, que responderão aos atuais desafios que temos.
Paul Okongo – fazendeiro (M): Se você colocar bastante matéria orgânica no solo, então o produto é protegido destes produtos químicos, coisas metálicos e todas estas, todos livres de esgotos. Então, defendemos a comida segura – sobretudo a agricultura orgânica.
VOZ: Para garantir a solução global mais eficaz, especialistas também apontaram a necessidade de se enfrentar os efeitos climáticos adversos da pecuária. Um relatório da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou que a agropecuária responde por pelo menos 18% de todas as emissões de gases de efeito estufa, com pesquisas mais recentes, feitas pelo Instituto World Watch, constatando que a indústria pecuária é a única responsável por mais de 51% das emissões globais.
Dr. Patrick Bond (M): A carne é a principal força desastrosa para a mudança climática, por causa do metano que é proveniente de bovinos, mas também o transporte. E as maneiras pelas quais nós tratamos os animais são terríveis e incivilizadas. Se você acredita na justiça climática, então você deve tornar-se vegetariano.
Correspondente (F): Para sensibilizar sobre a solução de agricultura e dieta veganas orgânicas às mudanças climáticas, a Associação Internacional Suprema Mestra Ching Hai realizou um jantar de gala para os delegados com uma mensagem de vídeo urgente da Suprema Mestra Ching Hai e de respeitados oradores convidados. Os membros têm enquanto isso falado diariamente com centenas de pessoas em duas estandes e oferecido gratuitamente amostras de alimentos veganos. Cerca de 10.000 folhetos informativos também foram dados ao longo dos últimos dias em várias partes de Durban, com as pessoas mostrando sua ânsia de saber mais sobre o estado do planeta e a saudável dieta vegana redutora de emissões.
Romica Milupi – ativista da Zâmbia (F): Eu quero apoiar o ser vegetariano. Não mais carne. Eu quero apenas viver de vegetais, para que eu possa manter o meio ambiente.
Edna Molewa (F): Precisamos dar o máximo e empurrar-nos para salvar este planeta. Precisamos realmente salvar o planeta.
Correspondente (F): Reportando para a Supreme Master Television de Durban, África do Sul.
VOZ: Agradecemos a todos os delegados da cúpula climática, cientistas em causa e cidadãos que estão ajudando-nos a avançar em direção às ações sustentáveis. Que ajamos rapidamente para desenvolver a agricultura e os estilos de vida mais humanos e promotores da saúde para salvar o nosso planeta. Em uma entrevista durante as negociações sobre a mudança do clima, em dezembro de 2010, em Cancún, México, a Suprema Mestra Ching Hai manifestou o seu urgente desejo para que líderes adotem a solução vegana orgânica.
Suprema Mestra Ching Hai: Se eu estivesse nas
Nações Unidas, aconselharia todos os países a imediatamente iniciarem o veganismo
orgânico. E todos os subsídios que eles usam para a indústria da carne, todo o
dinheiro extra que o governo dá, basta dar-lhes para eles mudarem para o veganismo
orgânico. Sim, é muito fácil.
Eu não sei por que
eles atrasam assim. Porque as Nações Unidas sabem que o gás metano, o gás de óxido nitroso e outros gases da
indústria animal estão esquentando o clima mais que todos
os transportes juntos.
Então por que não eliminar este custo, percebe? (Está
certo. Sim.) É tão fácil. E então eles utilizam os subsídios de antes, falam para os
agricultores mudarem para orgânico. Sim.
Claro que é mais barato e mais saudável para todos e mais saudável para o planeta. Eu lhes disse que 51% do aquecimento do clima vem dos gases dos animais, são 51% que vêm da indústria animal, (Sim, claro.) então se tirarmos a criação de animais teremos menos 51%, percebe? (Percebo.)
E então se plantarmos de
forma orgânica a partir da face da Terra, toda a terra cultivável, então
absorveremos outros 40%. Então temos 51% mais 40% que se vão. O resto, as árvores podem
cuidar, os oceanos podem cuidar – tudo, não há problema. Não posso acreditar quando
eles dizem: “Falaremos de novo no ano que vem.” – se é que ainda estaremos
vivos! (Sim.)
http://allafrica.com/stories/201112021579.htmlhttp://www.huffingtonpost.co.uk/professor-sir-gordon-conway/cop-17-cant-ignore-agriculture_b_1112820.html?ref=uk http://www.news24.com/SouthAfrica/News/COP-17-Thousands-march-in-Durban-20111203http://www.voanews.com/english/news/Thousands-March-For-Climate-Action-in-Durban-134961248.html Notícias ExtrasCoincidindo com o dia de abertura de 28 de novembro
de 2011 das negociações climáticas da ONU em Durban, África do Sul, o
economista-chefe Fatih Birol, da Agência
Internacional de Energia, afirmou que às
taxas atuais de consumo de energia, a Terra vai aquecer até 6 graus Celsius
acima dos níveis pré-industriais até 2100, tornando-se um lugar perigoso para
se viver.
http://www.washingtonpost.com/national/health-science/world-on-track-for-nearly-11-degree-temperature-rise-energy-expert-says/2011/11/28/gIQAi0lM6N_story.html